Asherah - A destruição feminina

Introdução

Neste artigo, vamos tratar de uma deusa adorada por vários povos do mundo antigo, incluindo Israel. A adoração à deusa envolvia erotismo e promiscuidade, resultando em uma total depravação feminina. Hoje, há um esforço para restaurar o culto à Asherah, com o objetivo de fortalecer o feminismo. Acredita-se que a deusa foi omitida da Bíblia por questões machistas.

A adoração à deusa, na verdade, diminui a reputação feminina, destruindo sua honra, mas fazendo parecer que as feministas estão evoluindo, porque acreditam na supremacia de um sexo. A adoração à Asherah também descarta valores familiares, tornando o entendimento das responsabilidades um fardo e enfatizando apenas o prazer irresponsável.

Este estudo nos revelará o perigo de Asherah e como esta deusa está presente em vários conceitos da sociedade atual.

Quem foi Asherah?

O livro de Daniel começa com a conquista de Judá pelo império neobabilônico. Esse fato não foi mero desejo do imperador Nabucodonosor. Deus havia entregado Judá nas mãos do inimigo por serem desobedientes a Ele (Jeremias 25:1-11). Entre os fatos mais relevantes de desobediência está a idolatria, destacando-se a adoração a Asherah (Azerá em português), uma deusa mencionada nas escrituras e culturalmente conhecida como “Rainha dos Céus”. Asherah era simbolizada como uma mulher sem pernas, normalmente mostrada sobre um animal de carga ou, no lugar das pernas, um suporte como se fosse um pedestal. Por ser eventualmente comparada a uma árvore, no meio pagão ela também era conhecida como “deusa dos bosques”.

Apesar de ser uma deusa sem pernas, há várias esculturas dela com pernas e, normalmente, ela aparece nua. Por ser considerada a “deusa da fertilidade”, muitas mulheres hebreias a adoravam em troca do favor de poderem ter filhos. Mas a fertilidade não envolvia somente a questão de ter filhos, também estava ligada à fertilidade do solo e dos animais; por isso, ela era adotada também por homens em troca de prosperidade para seus campos e pastos. Havia ainda a questão da guerra, que é menos mencionada, mas como também era deusa da guerra, ela era bastante atrativa, já que os povos hebreus eram frequentemente envolvidos em conflitos na região. Como Asherah passou por diversas culturas com nomes diferentes, acredita-se que ela também tenha sido equivalente à deusa romana Diana (ou Ártemis, na Grécia) em virtude de sua relação com a lua, a natureza e o apego às crianças. É comum ver a deusa Asherah com o nome “Astarte” em religiões ocultistas satânicas, e no caso de Diana, ela é vista como figura central da bruxaria, então há uma ligação entre as duas.

Contudo, o sincretismo pode ser um pouco confuso, já que ela pode parecer mais com Afrodite (na Grécia) e Vênus (em Roma) do que com Ártemis ou Diana, mas há muitas semelhanças. A semelhança entre Asherah e Afrodite, por exemplo, é que Afrodite era esposa de Zeus, o principal deus do Olimpo, que representa o deus principal da mitologia grega. Como esposa do deus principal, Afrodite se encaixa melhor com Asherah. Vênus tem o mesmo papel, só que no panteão romano, onde ela aparece como esposa de Júpiter.

Como ela era conhecida?

A deusa Asherah, também conhecida como Astarte, Ishtar ou Inanna em diferentes culturas, tem sua origem na mitologia cananeia, sendo uma importante divindade associada à fertilidade, ao amor e à guerra. Seu nome deriva do termo semita “Asherah”, que significa “a que caminha no mar”. Asherah é representada como uma deusa mãe, símbolo de abundância e prosperidade. Esta deusa é comentada por alguns críticos como sendo vista como “esposa de Deus”.

“...alegações de uma pesquisadora ateia, Francesca Stavrakopoulou, do Departamento de Teologia e Religião na Universidade de Exeter. A afirmação foi reavivada para promover a série da BBC, ‘Segredos Enterrados da Bíblia’.”
(Nota: Graça plena. URL: graçaplena.blogspot.com)

A adoração à deusa foi um ato idólatra que aconteceu em Judá por centenas de anos. Segundo a professora Stavrakopoulou, houve uma tentativa de omitir o nome de uma deusa que realmente existia. O propósito disso seria uma religião machista que não admitia uma mulher como deusa ou líder. Essa ótica é vista a partir de um ponto de vista em que todo o mundo espiritual é mitológico, ou seja, como se o Deus Criador - Yaweh - fosse como Zeus, Apolo, Rar, etc. Segundo a reportagem de Edison Veiga, na revista BBC News Brasil, é necessário um incentivo para trazer de volta a adoração a Asherah, pois isso seria uma espécie de investimento no movimento feminista. A graduanda Ana Luisa Alves Cordeiro em artigo intitulado "Asherah: a deusa proibida", publicado em 2007 na Revista Aulas explica:

“Reconstruir a presença da deusa Asherah na vida de mulheres e homens no antigo Israel é um esforço de, a partir de uma perspectiva feminista e de gênero, trazer elementos que nos ajudem numa maior aproximação do que foram os espaços religiosos e vitais deste povo”
(URL: https://www.unicamp.br/~aulas/Conjunto%20I/4_1.pdf)

Vemos aqui a intenção clara de algumas pessoas em investir no culto a Asherah, não por um motivo tornar a vida de pessoas mais íntegras ou um motivo espiritual de abençoar pessoas, mas afastar as pessoas de Deus. Historicamente e atualmente, está comprovado que o feminismo é nocivo e não prejudica apenas as mulheres, mas a sociedade como um todo.

Uma breve observação sobre o feminismo: nós vemos títulos como “Mulheres buscando igualdade social”, “Mulheres buscando seus direitos”, etc. No entanto, o que vemos na prática do feminismo, fora das opiniões e propagandas enganosas, é:

1 - Mulheres buscando o direito de abortar (homicício de crianças ainda no ventre);

2 - Mulheres se impondo, não com igualdade aos homens, mas em uma posição de superioridade sobre os homens;

3 - O abandono da maternidade;

4 - Mulheres completamente sem pudor, com o lema “meu corpo, minhas regras” e coisas desse tipo.

5 - Despreso pela família

Ao ler artigos de Simone de Beauvoir, uma feminista famosa de meados do século XX, o que menos vi foi uma luta pelos direitos das mulheres, mas sim uma luta pela ascensão de sua opinião pessoal, que destruiu a vida de muitas mulheres e a própria. Então, há uma necessidade de reflexão sobre a imposição do feminismo e o uso da religião para isso, pois não há relatos de resultados positivos no feminismo além das opiniões dos defensores dessa causa.

Outra questão é que Asherah era vista ao lado de Baal, o deus da promiscuidade. Asherah era uma deusa que incentivava a perversão sexual. Quando li os artigos mencionados acima, percebi que a questão da depravação sexual foi omitida pelas fontes de Ana Luíza, da professora Stavrakopoulou e do artigo da BBC Brasil por Edison Veiga. Isso foi um ponto forte na história da deusa que foi descartado nos artigos destes escritores. Então, pergunto: se Asherah deve ser um exemplo para a sociedade, por que omitir sua característica principal?

Provavelmente, a omissão dessa depravação ocorre porque esse exemplo seria mal visto. Então, enfatizaram o que era conveniente para uma propaganda feminista (uma deusa poderosa). Apesar de a depravação ser bem-vinda para a sociedade atual (a sensualidade está em alta), a depravação sexual pode ser questionada com maior rigor, até mesmo em âmbito jurídico, por isso, a omissão do fato. E é bom acrescentar que a adoração a Asherah não envolve somente a promiscuidade feminina, mas também a pedofilia.

Algumas esculturas de Asherah são completamente eróticas, trazendo para as mulheres um exemplo extremamente negativo de vida. Há esculturas de Asherah absurdamente depravadas que, no entanto, são bem vistas pelas defensoras do feminismo. Ao contrário do que o frágil raciocínio feminista pode enxergar, a ação de depravação não engrandece os valores femininos; muito pelo contrário, diminui o valor da mulher diante dos homens, atraindo predadores de mulheres.

Ter Asherah como ícone do feminismo é declarar deliberadamente que as mulheres são objetos sexuais e que seus prazeres serão suas escravizadoras. Não há nenhum benefício na depravação sexual, especialmente para mulheres. Por exemplo, a busca pelo direito do aborto, favorece as mulheres querem ter uma vida promíscua (como Asherah) e não querem lidar com as consequências físicas dessa ideologia.

Reconhecer e valorizar as mulheres é algo que todos concordam, principalmente no meio cristão. Infelizmente, há, sim, aqueles que são machistas e julgam que as mulheres são inferiores. No entanto, não se pode dizer que toda a sociedade é assim por causa de pequenos grupos ideológicos. Na verdade, a substituição do machismo pelo feminismo é como dizer que matar com uma espingarda é mais certo do que matar com um revólver: ambos têm o mesmo resultado, a morte.

A restituição do culto a Asherah, de acordo com os escritos da graduanda Ana Luíza e suas fontes, como no caso da professora Francesca Stavrakopoulou, só deseja usar o nome de Asherah para confrontar o cristianismo, ignorando Deus. O que elas não sabem é que o que estão fazendo foi anunciado há mais de 2500 anos pelo próprio Deus a quem negam, e esse mesmo Deus não terá por inocente quem fizer isso. As profecias de Daniel e mais tarde, as profecias de João, no livro de Apocalipse, já revelavam esta intenção, então, mesmo negando a Deus, essas pessoas acabam de cumprir profecias de milênios atrás.

Continuando o relato do parágrafo acima, uma das maiores provas de que as professoras supracitadas estão, na verdade, corroborando uma profecia bíblica é que as Escrituras dizem que Asherah voltará. Ou seja, de fato, haverá um esforço e uma conclusão bem-sucedida do retorno ao culto de Asherah. Porém, Deus, o único e verdadeiro Deus, já havia anunciado isso, e elas (as professoras Ana Luíza e Stavrakopoulou) não sabem que estão sendo parte do cumprimento dessa profecia, do Deus que elas mesmas negam!

Como o esforço para a restauração da adoração a Asherah tem raiz no feminismo, de acordo com a professora Stavrakopoulou, torna-se conveniente falar da vida de uma das maiores feministas e seus conceitos. Vamos discorrer um pouco sobre a vida de Simone de Beauvoir.

Quem foi Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir foi uma mulher do início do século XX, conhecida como filósofa, apesar de sua vida contraditória. Entre seus pensamentos, como já mencionado neste artigo, sua técnica de propaganda era defender os direitos das mulheres. Mas como uma ação vale mais que um milhão de palavras, os conceitos atribuídos a esta senhora não condizem em absolutamente nada com a vida que ela viveu. Os exemplos que ela deu foram de total depravação e imoralidade, diminuindo o papel das mulheres e sem nenhuma preocupação com direitos femininos.

Quando citam o nome Simone de Beauvoir, normalmente os artigos omitem propositalmente o estilo de vida desta senhora, a qual, desde sua tenra adolescência, já vivia em distúrbios emocionais que a levavam a uma completa depravação sexual. Vamos listar alguns:

1 - “¹ A vida de Simone de Beauvoir foi um ícone entre os anos 1960 e 1990. Ela viveu por anos com Sartre, teve amantes, seduziu menores de idade e defendeu a pedofilia.”

Uma mulher cuja vida foi marcada por traições. Ela coabitou com Jean-Paul Sartre, nunca se casou com ele, mas tiveram uma relação afetiva, apesar das frequentes traições. Um pensamento que surge é: se ela traía uma pessoa que supostamente a fazia bem (considerando que viveu com ele até sua morte), como poderia ser confiável para estranhos? A traição certamente era um dos pilares de sua vida, conforme relatavam seus próprios amantes. No entanto, ainda há aqueles que a consideram uma inspiração.

Além de não ser uma pessoa confiável, Simone de Beauvoir defendia princípios repulsivos, como a pedofilia. Ela não apenas advogava essa prática, mas também a praticava, inclusive com mulheres adolescentes.

“² Com mais 67 intelectuais da época, Simone e Sartre assinaram uma carta, publicada no jornal Le Monde, pedindo a liberação de três criminosos condenados no Tribunal de Versailles. O documento defendia a relação sexual com menores na faixa de 13 anos… Ambos assinaram também uma carta aberta, publicada no jornal Libérration, defendendo a revogação da lei que punia, como estupro, os atos sexuais com menores de 15 anos. Pediam o “reconhecimento do direito da criança e do adolescente para manter relações com as pessoas de sua escolha” em solidariedade “a todos os pedófilos presos ou vítimas de psiquiatria oficial”.

“Simone de Beauvoir confessava ter desejos sexuais mais fortes do que gostaria. Olhava para os homens, não importando onde estivessem, e cogitava que o desejo deles era tão forte quanto o dela. Não bastando com Sartre e com seus amantes, ela também seduziu meninas menores de idade.”

2 - “³ Com pouco tempo, Simone de Beauvoir se apaixonou por ele [Sartre] e, antes de qualquer oficialização do caso, tiveram relações sexuais ao ar livre, sob os castanheiros de uma propriedade familiar.”

O fato de não ter nenhum pudor mostra o descaso pela imagem da mulher. Ela foi uma pessoa que transgrediu princípios que honravam a mulher e quis que essa forma de vida fosse a normalidade para todas as mulheres. Refletindo sobre isso, sabemos que essa falta de dignidade proposta nunca trouxe benefício algum para nenhuma mulher; ao contrário, as transformou em objetos sexuais para homens que se aproveitam desse conceito.

3 - A história de Olga Kosackiewicz

Outro fato que revela a vida repulsiva de Simone é a triste história de Olga Kosakiewicz, uma jovem adolescente que foi “adotada” pelo casal Simone e Sartre com a promessa de apoio aos estudos. Olga passou a morar com o casal, que se propôs a financiar seus estudos, mas na verdade, ela viveu em meio de um forte assédio, tanto por parte de Sartre quanto da própria Simone. Assediaram a adolescente causando-lhe vários problemas, inclusive depressão, história esta que está registrada em livros e documentários. É interessante, que estes fatos sobre o ícone feminista não são declarados pelas vozes feministas atuais. Abaixo, o comentário à seguir algumas consequências na vida da menina:

“Com o tempo, a menina começou a se ferir e a se queimar. Ela se sentia angustiada porque sabia que estava sendo abusada e era mantida sob falsas promessas de um futuro brilhante.”

Outra reflexão sobre a vida de Simone é que se ela defendesse realmente pelo bem estar feminino, porque agrediria meninas adolescentes e ainda permitiria que essas meninas fossem usadas por homens? É verdade, o caso de Olga é um dos casos, porque houveram vários outros, dos quais ainda podemos citar de Bianca e Wanda. Há relatos de que uma das moças abusadas pelo casal chegou ao ponto de suicídio.

Notas:
Site Brasil Paralelo - Quem foi Simone de Beauvoir? https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/quem-foi-simone-de-beauvoir

Tendo um breve conhecimento de uma das personalidades mais influentes do feminismo na história, podemos ter mais clareza sobre o que o feminismo realmente é. Em todos os casos conhecidos por mim, observando manifestações pró-feminismo, mulheres militantes e fatos históricos do movimento, reafirmo que uma coisa que o feminismo nunca fez foi defender o direito das mulheres; pelo contrário, ele as convence de que o descaso com a família, o abandono da dignidade e da honra feminina são sinais de elevação das mulheres. Nada pode ser tão contraditório! Mas estes foram os exemplos deixados pela mulher mais famosa do feminismo, e são esses conceitos que ela propôs e que são, de fato, buscados pelo movimento feminista.

Em uma nota pessoal, quando penso em minha mãe, minha esposa e várias mães que conheço, vejo mulheres extremamente guerreiras, fortes e resilientes. São mulheres que aceitaram o desafio de serem mulheres de verdade, ou seja, boas mães, de saber como educar seus filhos para contribuir com uma sociedade inteligente e decente. Serem também boas esposas, que amam e cuidam da família, conceito desprezado no feminismo. Essas mulheres nunca deixaram de ter seus direitos e viveram vidas onde, ao contrário de Simone de Beauvoir, foram exemplos reais de influências positivas para toda uma sociedade frutífera. Os conceitos feministas apagam essa imagem de força e resiliência das mulheres, tornando-as escravas do prazer e objetos para os homens oportunistas.

E voltando ao caso da adoração a Asherah, a desculpa é que a adoração a ela garante que as mulheres tenham supremacia, pois a adoração a uma deusa é uma afronta a um Deus machista. Mas será que Deus seria realmente machista?

As pessoas frequentemente confundem hierarquia familiar com o machismo. O machismo é um preconceito contra as mulheres, no qual os homens que o detêm se consideram superiores em tudo. Por exemplo, houve uma época em que mulheres não eram bem vistas dirigindo um automóvel, porque para alguns “dirigir é coisa de homem”. Uma frase simples, mas que demonstra bem o conceito machista. Existem vários conceitos semelhantes, como por exemplo a frase “lugar de mulher é atrás do fogão”, que eu mesmo ouvi diversas vezes na minha infância. Desconsiderar a capacidade feminina de realizar grandes trabalhos, ser inteligente e habilidosa é algo incoerente e machista. Já ser o administrador da casa, não tem nada haver com machismo.

O fato de haver uma hierarquia familiar não é machismo. Toda instituição precisa de uma hierarquia para funcionar, pois tudo deve passar por um ponto central, e este ponto central não pode fazer tudo sozinho; ele precisa de suporte, e é aí que entra a organização, que também se aplica à família.

O motivo de se colocar o homem como a “coluna” de uma casa (expressão usada para indicar o suporte principal de uma família) remonta aos primórdios da civilização, quando o sustento da casa era trazido pelo trabalho masculino. Isso ocorria porque os tipos de trabalho disponíveis nos primórdios estavam ligados à agricultura e/ou pecuária, ambos demandando grande esforço físico, algo mais limitado às mulheres naquela época. Assim, o homem era o provedor da casa e essa cultura se manteve até o início século XX.

No entanto, a mulher sempre teve um papel de extrema importância, mesmo na época em que os trabalhos eram puramente braçais: cabia às mulheres ensinar as crianças a se tornarem membros produtivos da sociedade em que viviam. Todos os bons conselhos, a honestidade, respeito aos outros e a responsabilidade eram melhor transmitidos pelas mães, já que o contato delas com os filhos era mais constante do que o dos pais.

Se observarmos bem a nossa sociedade atual, veremos com facilidade que o respeito pelos outros tem sido cada vez menor, justamente em uma época em que o papel da mulher - mãe tem sido desprezado. Isso não é mera coincidência, pois, se não há mais o papel da mãe, não há mais orientação para as crianças; logo, a nova geração já começa perdida. Se observarmos bem a história, vemos que a perda do respeito uns pelos outros teve início poucas décadas após o surgimento do movimento feminista.

Os filhos aprendiam com suas mães como serem indivíduos preparados para contribuir com a sociedade, o que foi crucial para o florescimento das sociedades antigas. Sem esse aprendizado, nenhuma família prosperaria, e como a família é a base da sociedade, nenhuma nação prosperaria também. Isso porque seria uma sociedade individualista, sem nenhum princípio coletivo.

Olhando do ponto de vista bíblico, alguns acham que as Escrituras falam de um Deus machista. No entanto, ao examinarmos toda a Bíblia, vemos um Deus que sempre honrou as mulheres.

  • Ana (I Sm cap. 1): Uma mulher amargurada pela esterilidade. Ao buscar em Deus o sonho de ser mãe, o Senhor a honrou e milagrosamente ela engravidou e seu filho foi um dos maiores profetas da história.
  • Débora (Juízes cap. 4): Uma mulher escolhida para ser juíza do povo de Israel. Deus deu a ela conhecimento e sabedoria para guiar Seu povo. Seu nome sempre esteve presente na história bíblica.
  • Rute (Livro de Rute): Uma mulher filha de um povo inimigo de Deus. Por escolher honrar a Deus, Ele também a honrou. Não apenas nesta vida, pois teve uma vida rica e próspera em seu casamento, mas também no âmbito espiritual, pois, sendo descendente de um povo pagão, entrou para a linhagem do Messias, Jesus. Da linhagem dela nasceu Davi, e da raiz de Davi veio Jesus.
  • Ester (Livro de Ester): Mulher judia que se tornou rainha da Pérsia e pela qual todos os judeus de sua época foram livrados. Deus deu a esta mulher uma posição de alto nível, e ela foi uma bênção lembrada pelos judeus em todo o mundo até os dias de hoje. A festa de Purim em Israel é celebrada em memória da coragem e ousadia desta mulher.
  • Mirian (ou Maria, transliterada): Mãe carnal de Jesus. Deus poderia ter feito Jesus como fez Adão, do pó da terra, mas, ao invés disso, escolheu trazer Seu filho ao mundo material através do ventre de uma mulher a quem chamou de Bem-aventurada. Seu nome até hoje é lembrado como um dos maiores na história das mulheres.
  • As mulheres que tiveram contato com Jesus (Maria de Magdala, Marta, a mulher cananéia): Todas foram muito estimadas por Jesus, que as honrou pessoalmente. Suas histórias podem ser lidas nos Evangelhos.
  • Lídia (Atos cap. 16): Mulher que abençoou Paulo e outros apóstolos. Sua história foi honrada como a de uma grande missionária da igreja primitiva.

Além destes fatos, outros estão implícitos na história como valorização do papel feminino, por exemplo, a Igreja é vista como a “noiva de Cristo”. Nos Dez mandamentos vemos o quarto mandamento que diz: “Honra teu pai e tua mãe” Êxodo 20:12 (perceba, que não há papel secundário, a mãe tem o mesmo valor de honra do pai). O Apóstolo Paulo ensina " Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela..." Efésios 5:25

Segundo as professoras Ana Luíza e Stavrakopoulou, o cristianismo é culpado por diminuir a mulher, mas essas críticas mostram um conhecimento das autoras abaixo do mínimo sobre o cristianismo e seus ensinos, pois elas não mencionam tantas atribuições bíblicas positivas às mulheres. Quem conhece todo o ensino bíblico saberá que não há em nenhum texto algo que incite ao machismo ou desvalorização feminina. Os exemplos citados neste artigo são pouquíssimos diante de tudo o que a Bíblia diz sobre as mulheres e suas atribuições positivas. Deus as fez e sempre as honrou. Voltando ao caso de Asherah, os esforços para retomar a adoração a Asherah são um esforço para adorar apenas um mito, ou seja, uma figura divinizada que jamais existiu, mostrando mais uma vez que todas as ideologias fundamentadas no feminismo são baseadas em mentiras.

No entanto, crendo no Deus Eterno, há provas bíblicas que nos mostram que só há um Deus e que Asherah não é vista como esposa de Deus não por mero machismo, mas porque este fato realmente não existe. Vamos refletir sobre as Escrituras:

O primeiro argumento é simples: Por que Jesus nunca teria falado sobre Asherah se ela realmente fosse esposa de Deus, seu Pai? É evidente que Jesus, ao ensinar todas as verdades dos céus, não omitiria uma mãe nos Céus!

Outro argumento que temos é que Deus castiga Judá precisamente pela adoração a ídolos, incluindo Asherah, mencionada especialmente no livro de Jeremias. A deusa também é associada à prostituição no livro de Apocalipse e este pecado é abominação diante de Deus, sendo assim, como Deus poderia ter uma figura tão antagônica ao seu lado?

Quando historiadores leem as histórias mitológicas e encontram artefatos que mostram a adoração a outros deuses, eles frequentemente misturam todo o conteúdo, analisando tudo dentro de um contexto mitológico. Ou seja, tratam o Deus Criador, o Deus de Israel, como parte de um panteão mitológico, que neste caso seria um panteão hebraico. Obviamente, historiadores ateus ou mesmo teístas não cristãos ou judeus não conseguem entender a visão espiritual, pois não têm o Espírito Santo e não conseguem aceitar a existência de um Deus. Explicando melhor, entender um Deus que não tem início, que não faz parte da criação, é completamente insano e incompreensível para eles.

Meu terceiro argumento é mais complexo, envolvendo o conhecimento da história anterior ao século VIII a.C. Ao analisarmos o início do povo hebreu, encontramos Abraão e seus descendentes, como Isaque e Jacó, e posteriormente seus doze filhos, com destaque para José. Mais adiante, vemos a história de Moisés. Ao considerarmos todas as experiências que esses homens tiveram com Deus, nunca encontramos menção a uma suposta “esposa” de Deus por eles. Pensando em termos divinos, se ela fosse esposa de Deus, deveria ser eterna e transcendental como o próprio Deus. Então, por que Deus não a revelou para esses homens? Também não há menção dela pelos profetas como Samuel, Elias e Eliseu. Não vemos seu nome na época de Davi, nem a adoração a Asherah outorgada por Deus em lugar algum nos textos bíblicos ou históricos, exceto na associação de hebreus com a cultura pagã. Quando encontramos menção de Asherah nas Escrituras, vemos a repreensão de Deus sobre o povo, sendo ela motivo de desolação para Judá e Israel.

Por que entender a questão de Asherah

De acordo com vários estudos da cultura judaica, observamos que houve sincretismos com culturas de povos pagãos. Asherah foi adorada também entre os hebreus, embora não por todos. O enoteísmo já era um fato entre o povo de Israel muito antes de Daniel; por isso, algumas pessoas estavam acostumadas à idolatria disfarçada e não a consideravam como pecado. O termo “esposa de Deus”, na verdade vem do próprio povo israelita em algum tempo da história entre o reinado de Salomão e Jeoaquim (um intervalo de mais de 400 anos). No entanto, nem todo o povo era assim, pois vemos que Daniel, Hananias, Misael e Azarias eram fiéis aos mandamentos de Deus, mesmo quando o povo se desviava deles. A adoração a Asherah não era praticada pelos jovens hebreus, e por isso, eles receberam grande favor de Deus.

É importante entender a adoração a Asherah para não cair na armadilha de uma adoração disfarçada, algo que o cristianismo romano já impôs e que hoje algumas pessoas creem, como a ideia de uma esposa de Deus.

Uma observação sobre Asherah

Observando como ela é mencionada nos textos pagãos (como mãe e esposa), percebo que existe uma adoração à mesma deusa atualmente no mundo cristão, porém com outro nome. Vamos comparar a situação:

Se Asherah é vista como esposa de Deus e Ele teve um filho - Jesus, então Asherah seria mãe de Jesus. Percebem que este conceito existe hoje? Houve algo que ocorreu no século IV, conforme veremos neste estudo, que importou vários elementos do paganismo discretamente para dentro do cristianismo. Com isso, os cristãos enfrentam a mesma situação que os hebreus enfrentaram: acostumaram-se tanto com o pecado que não acreditam mais que o que estão fazendo seja pecado; ou seja, tornou-se algo considerado normal.

Conclusão

Em toda história judaico-cristã, vemos um incentivo para que a humanidade deixe de crer no Deus Eterno e creia em mitologias. No mundo, vemos histórias que se baseiam em histórias Bíblicas do mundo antigo remontadas em histórias posteriores de povos pagãos. Só podemos resistir a essas afrontas com a Fé em Cristo, por meio do aprendizado profundo das Escrituras e uma prática devotada e ensinando nossos filhos que desde antes do princípio, só houve um Deus e nunca haverá outro.


Notas
  • Site: Maesrtovirtuale.com. Asera: origem, etimologia, atributos. URL: https://maestrovirtuale.com/asera-origem-etimologia-atributos-a-deusa-em-diferentes-civilizacoes/?expand_article=1
  • Site: Graça Plena. Deuteronômio 33:2 diz que Asherah era esposa de Deus? URL: http://gracaplena.blogspot.com/2016/07/a-deusa-asherah-era-esposa-de-deus.html
  • Revista Atlas - Asherah, a deusa proibida. https://www.unicamp.br/~aulas/Conjunto%20I/4_1.pdf
  • Site BBC News Brasil. Quem é Asherah, "esposa de Deus" que ficou fora da Bíblia? https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72v2l74p59o
  • Site Brasil Paralelo. Quem foi Simone de Beauvoir? https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/quem-foi-simone-de-beauvoir

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