O Natal e o mistraísmo

Imagem: Mundo Educação. Acesso: https://mundoeducacao.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-natal.htm

Introdução

Você sabia que a data de 25 de dezembro era celebração de adoração de um deus pagão? Sim, o deus persa que teve sua crença difundida entre os romanos, chamado "Mithras". A divindade foi adorada e celebrada especialmente entre o exército romano o qual teve como comandante Constantino, que ao se tornar imperador, institucionalizou a igreja cristã à sua maneira. Infelizmente, o cristianismo de Constantino nunca foi real, somente uma extratégia política para aumentar seu império, mas ele conseguiu enganar a muitos e introduziu suas crenças dentro do cristianismo colocando máscaras que perduram até os dias de hoje e até mesmo dentro das igrejas protestantes, temos efeitos desta farça.

O que era o Mitraísmo

O Mitraísmo era uma antiga prática misteriosa que adorava o deus persa Mithras. Houve um sincretismo entre a mitologia persa e romana que mesclou dois deuses: Mithras e Solus Invictus (sol invencível). Então, Mithras passou a ser em Roma o deus sol. O Mtitraísmo era proeminente durante o Império Romano, especialmente entre os militares romanos no século I a.C. até o século IV d.C. É importante observar que o Mitraísmo não era uma religião unificada, mas sim um conjunto de práticas religiosas comuns centradas em torno do culto ao deus Mithras.

A seguir, estão alguns pontos-chave sobre o Mitraísmo:

  • Origens Persas: O culto a Mithras teve origens na antiga religião persa, onde Mithras era adorado como um deus solar. O culto foi posteriormente difundido para outras regiões, incluindo o Império Romano.
  • Características do Culto: As práticas do Mitraísmo eram frequentemente realizadas em espaços subterrâneos chamados mitreus. Estes eram frequentemente decorados com imagens simbólicas, incluindo a cena central de Mithras matando um touro, um evento considerado crucial no mito mitraico.
  • Iniciação e Hierarquia: O Mitraísmo tinha um sistema de iniciação, onde os seguidores passavam por vários graus de iniciação, cada um associado a um conjunto específico de conhecimentos e rituais. O culto também tinha uma estrutura hierárquica, com diferentes níveis de iniciação.
  • Adaptação ao Mundo Romano: O Mitraísmo prosperou no ambiente militar romano, atraindo muitos seguidores entre os soldados. Sua popularidade pode ter sido influenciada pela sua natureza misteriosa e iniciática, bem como pelas associações simbólicas e rituais que ressoavam com a cultura romana.

O dia anual de celebração a Mithras

No contexto do Mitraísmo, acredita-se que o solstício de inverno tenha sido significativo. Alguns estudiosos sugerem que o 25 de dezembro foi considerado o "nascimento simbólico" de Mithras. Durante essa época, a luz do sol entrava nos mitreus (templos mitraicos subterrâneos) de uma maneira particular, criando um efeito visual notável. O simbolismo associado ao renascimento do sol e à luz pode ter contribuído para a escolha dessa data como um ponto focal nas tradições mitraicas.

A institucionalização Romana do cristianismo

Como já vimos em estudos anteriores neste blog, a motivação de "conversão" de Constantino foi política. Várias são as evidências deste fato e uma das maiores é que ele não se batizou na religião que dizia estar seguindo. Obviamente, porque não servia a Jesus, mas, a outros deuses de seu povo.

Por ser comandante do exército romano, Constantino era adepto ao mitraísmo, já que era o "deus" do exército. Segundo os escritos de Constantino, ele se "converteu" na batalha da Ponte Mílvia (ano 312 a.C.); Constantino alegou ter tido uma visão de uma cruz no céu com a inscrição "In Hoc Signo Vinces" ("Neste sinal, vencerás").

Ao supostamente se converter e agora no poder do império romano, concedido por seu predecessor, Dioclesiano, Constantino institucionalizou a religião cristã, criando templos e "abdicando" das crenças da mitologia romana. Contudo, ao criar a "Roma eclesiástica", Constantino rejeitou diversos ensinamentos apostólicos, negando vários princípios bíblicos, e incorporou práticas pagãs dentro do cristianismo, como a adoração a imagens. Ao longo da história, os sucessores da igreja romana alteraram várias práticas e até mesmo os Dez Mandamentos foram ensinados de forma distorcida, alterando seu contexto.

O Natal

Apesar de nascer em Belém, Jesus passou sua infância no Egito devido à perseguição de Herodes, por causa disso, o registro de seu nascimento foi ocultado. Assim, não há uma data precisa do dia e mês de seu nascimento. No entanto, a Igreja Romana definiu seu nascimento no dia 25 de dezembro, e isso não foi por acaso.

No dia 25 de dezembro era celebrado em Roma o nascimento simbólico de Mithras. O dia está associado ao solstício de inverno no hemisfério norte. Por ser Constantino um adorador de Mithras (confirmado por registros históricos e arqueológicos), fica evidente que ele quis confundir os cristãos de seu tempo, levando-os a adorar o seu deus, mas usando outro nome - o nome de Jesus.

O que Constantino estava fazendo era um sincretismo entre a adoração cristã e o mitraísmo. Ele afirmava que Jesus e Mithras eram um só e por isso, ele fez o que pôde para confundir os cristãos da época e teve sucesso nisso. Uma das evidências de unir Jesus a Mithras é o disco solar de Solus Invictus e que também é visto em todas as pinturas romanas de Jesus e dos apóstolos.

Escultura de Solus Invictus (Mithras)
Pintura de Jesus do século IX
).
Fontes das imagens:
Imagem 1: Ensinar a História - Acesso: https://ensinarhistoria.com.br/mitra-o-sol-invicto-e-o-nascimento-de-jesus/
Imagem 2: Toda matéria - Acesso: https://www.todamateria.com.br/jesus-cristo/

Perceba que na escultura de Solus Invictus (Mithras) e ao lado na pintura de Jesus. Nota-se o mesmo disco solar sobre a cabeça de ambos, o que mostra claramente o sincretismo das duas crenças empregado pela igreja romana.

Conclusão

Hoje, celebramos o nascimento de Jesus no mesmo dia da celebração de um deus pagão e isso é uma herança que trazemos desde o século IV. O dia sagrado determinado por Deus foi substituído pelo dia sagrado que Constantino determinou, e o ensino apostólico foi gradualmente deixado para trás, uma vez que os sacerdotes da nova religião eram considerados os novos apóstolos. Os cristãos da época, esqueceram de buscar nas Escrituras seus verdadeiros ensinos e por isso muitos caíram no engano de Constantino e de seus sucessores. Não estou propondo aqui que estamos em pecado por comemorar o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro ou de cultuarmos a Deus no domingo, mas, o meu alerta é que muito paganismo entra no meio cristão de forma suscinta, bem disfarçado, aproveitando-se das necessidades do povo cristão e da falta de seu conhecimento das Escrituras.

Comemore o Natal com sua família, dê presentes, isso não é mal, ao contrário, é bom, mas, lembre-se de manter Jesus no centro do Natal, para que a herança pagã que tentou nos fazer esquecer de Cristo nunca tenha êxito em seu objetivo. O nascimento de Jesus é uma boa época também para nossa reflexão, pois se Deus deu seu único Filho, para se sacrificar por nós pecadores, devemos também repensar sobre nossas ações com nossos irmãos e com nosso próximo. Saber se doar é uma das maneiras de viver o cristianismo em sua plenitude.

Que Deus abençoe tua vida e de tua família

Por Rogério Filho

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