O livro de AmDuat

Uma das histórias mais marcantes da Bíblia é a saída do povo Hebreu do Egito e o evento de abertura do mar. Muitos céticos acreditam que o personagem Moisés foi apenas um mito e que toda história ao redor não passa de uma lenda. De fato, poucos fatos históricos podem realmente homologar essa história, contudo, algumas coisas precisam ser levadas em consideração antes de descartar tais histórias.

O próprio fato do povo Judeu se manter há milênios da cultura hebraica já é um indicativo forte, pois, se há uma cultura, já um motivo para que ela exista. Por outro lado, aquelas culturas que não faziam muito sentido, por exemplo, a adoração ao deus Rar, Osiris, Isis, Hórus, e tantos outros deuses do antigo Egito se perderam. O porquê disso é simples: não há nenhuma evidência de divindades como estas! Então, porque o povo Judeu mantém a adoração a Deus e os costumes da Lei de Moisés, já que ela supostamente nunca existiu? Isso é bem contraditório! O maior fato que contribui para a veracidade de toda história de Moisés está justamente no fato dela continuar forte, mesmo após 3500 anos.

Bem, mas, há aqueles que precisam de fatos históricos e na minha opinião, isso é bom. Quando uma pessoa acredita em algo somente porque alguém diz que é real, essa pessoa é facilmente enganada e constantemente vítima de charlatães. Aqueles que buscam conhecer sobre sua crença, tentem não somente constatar os fatos, mas também ter uma fé mais firme, pois conhecem o que realmente aconteceu e todo enredo da história que sustenta sua crença.

Deus mesmo abençoa os homens com sua misericórdia e mostra que tudo o que ocorreu (neste caso), nos dias de Moisés, foi verdadeiro, agora é que entra a história. O achado do Livro de Amduat causa grande impacto, até mesmo nos mais céticos, pois, é um escrito egípcio antigo, da época de Moisés e que fala sobre a morte de um exército que foi afogado.

O que é o livro de Amduat?

Eram textos das pirâmides e sarcófagos, e passou a ser um livro do Egito, com uma função parecida com o Livro dos Mortos, pois era usado em rituais funerários. Ele contém uma série de orações que se referem a cada hora noturna e fala sobre a passagem de Rar pelo Duat, que é o submundo onde Rar junto com outros deuses devem passar sua jornada e vencer a batalha contra a serpente Apófis. Seu papel era servir de guia após a morte para a alma encontrar o reino de Osíris e sua salvação. Os registros mostram o primeiro uso do livro na época do reino Intermediário e início do reino novo (1600a.C à 1492a.C), época aproximada ao que se registram os fatos sobre Moisés e o Ẽxodo. Dentre os textos deste livro, foram encontradas várias orações e uma das evidências fortes do que pode ter sido a derrota definitiva dos egípcios no mar vermelho. Segue:

palavras ditas por Hórus aos afogados, aos que mergulharam, aos que flutuam sobre a face de NU, aos que estão no abismo de Duat. Oh, vós que estais submersos na obscuridade do abismo cujas mãos cobrem seu rosto. Oh, vós cujos rostos estão mergulhados na Duat, cujas espinhas dorsais ficaram na inundação. Oh vós que nadais no abismo, flutuando estendidos sobre suas costas, com o rosto voltado para trás. Que haja ar para vossas almas, para que não as asfixem. Que vossos braços remem sem ficarem ocultos. Que possais abrir um caminho reto no abismo, com vossos pés, sem que seus joelhos estejam ocultos, que possais sair da inundação. Que vossos corpos não cheirem mal por causa da putrefação, vossa carne não está em decomposição. Tendes poder sobre vossa água, respirais porque eu o tenho decretado. Vós sois os que realmente estais na inundação. Os que foram afogados por realmente seguirem a minha carne que trás vida aos vossos ossos

Oração do texto da décima estação do Livro de Amduat

Fonte: Documentário arqueológico de Rodrigo Silva para o programa Evidências (Rede Novo Tempo). https://www.youtube.com/watch?v=ccWsLlzjCD8
Notas pessoais baseadas em leituras e vídeos