AULA 1 - A DIVISÃO DE ISRAEL

O Livro de Daniel nos traz detalhes sobre o cativeiro babilônico, profecias sobre os tempos ainda próximos de Daniel, profecias que se consumiram no princípio da era cristã e profecias que ainda vão se cumprir. A história comprova várias profecias já cumpridas no livro de Daniel, mas algumas ainda serão reveladas, contudo, Deus já trouxe à luz o que são essas profecias. O livro de Daniel, chega a ser em alguns momentos até mesmo assustador, com suas figuras míticas que causam muito espanto e curiosidade.

E sobre Judá e Israel? Porque Deus permitiu ao seu povo ser cativo de um povo que era inimigo não somente do povo de Deus mas do próprio Deus? Chegamos a ver a expressão de Deus “meu servo” (Jeremias 25:9) se referindo ao rei Nabucodonosor! Onde está o problema? Vamos ver que desde o Egito, o povo hebreu se apropriou de crenças e costumes que nunca deveriam praticar, desobedecendo a Deus e isso só foi crescendo, até que no reinado de Salomão, as coisas pioram ainda mais.

Além do aspecto espiritual do livro de Daniel, vamos aprender muito sobre o aspecto social e político da vida do profeta e de alguns judeus. Nós vamos ver como se comportavam os jovens hebreus diante de um mundo completamente pagão e como as ofertas tentadoras daquele novo mundo foram rejeitadas pelos jovens, pelo fato deles amarem somente a Deus e provarem isso com suas ações de obediência a Ele, e ainda assim, honrando seus agora líderes terrenos, mesmo sendo eles pagãos, algo que a própria Bíblia nos ensina já no período da Nova Aliança.

Então, para começarmos a estudar Daniel, vamos primeiro entender qual foi a causa do cativeiro babilônico. Vamos voltar ao período final do reinado de Salomão e depois de seu filho e a divisão de Israel em dois reinos.

A decadência espiritual de Israel

No final do reinado de Salomão, ele se corrompeu com mulheres estrangeiras as quais o convenceram à idolatria. Vemos este episódio no livro de I Reis 11:

I Reis Cap. 11
"3 E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. 4 Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o Senhor, seu Deus, como o coração de Davi, seu pai, 5 porque Salomão andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios, e em seguimento de Milcom, a abominação dos amonitas. 6 Assim fez Salomão o que era mau aos olhos do Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai. 7 Então, edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom. 8 E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses. 9 Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão, porquanto desviara o coração do Senhor, Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera."

Enfatizo aqui a adoração à deusa Astarote (também conhecida como Astarte ou Ishtar) e que no meio do povo hebreu ficou conhecida como Asherah (ou Azerá, transliterado). Entre seus pseudônimos estão “Rainha dos céus” e “deusa dos bosques”. (OBS: Você pode ver um estuso sobre Asherah aqui no blog. Basta clicar aqui.

Vemos uma referência à Ashera no capítulo 44 do Livro do profeta Jeremias, onde o povo assume que a adora e ainda desafia o profeta. Aqui ela é chamada de Rainha do céu. Veja o texto:

“17 Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum.” (Jr 44:17)

Outra abominação introduzida por Salomão é a adoração a Quemós (divindade moabita). Há indícios históricos que Quemós e Moloque são a mesma divindade com nomes diferentes. Este indício é devido ao tipo de adoração, pois o culto a Quemós era o sacrifício humano de crianças queimadas vivas no ritual de oferenda, ou seja, exatamente o mesmo ritual a Moloque (divindade cananéia).

A adoração a qualquer divindade era algo inconcebível para os israelitas, mas foi introduzida na cultura de Israel por um descaso de Salomão sobre a ordem de Deus de não se unir a mulheres estrangeiras. O resultado de várias uniões foi justamente o desvio de Salomão.

Esse desvio, além da idolatria, trouxe um enorme problema econômico para Israel, pois Salomão construiu vários templos pagãos. Para custear essas obras, o povo pagou caro por isso, pois Salomão impôs pesados impostos sobre todo Israel.

Com uma carga tributária extremamente pesada, o povo teve um grande desgosto por Salomão e após sua morte (931 a.C.) seu filho, Roboão assume o reinado e o povo lhe suplica que Roboão não seja como seu pai e lhes dê uma vida mais tranquila, contudo, ao invés de ouvir os anciãos de Israel (os conselheiros do rei), Roboão decide ouvir os jovens, os quais lhe orientaram a ser ainda mais severo que seu pai. Veja o texto:

I Reis Cap. 12
"4 Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia tu a dura servidão de teu pai e o seu pesado jugo que nos impôs, e nós te serviremos. 5 E ele lhes disse: Ide-vos até ao terceiro dia e voltai a mim. E o povo se foi. 6 E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estavam na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como vocês aconselham que se responda a este povo? 7 E eles lhe falaram, dizendo: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos. 8 Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe tinham aconselhado e teve conselho com os jovens que haviam crescido com ele, que estavam diante dele. 9 E disse-lhes: O que vocês aconselham que respondamos a este povo, que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs? 10 E os jovens que haviam crescido com ele lhe falaram, dizendo: Assim falarás a este povo que te falou, dizendo: Teu pai fez pesadíssimo o nosso jugo, mas tu o alivia de sobre nós; assim lhe falarás: Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai. 11 Assim que, se meu pai vos carregou de um jugo pesado, ainda eu aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões."

Como podemos ver, a atitude de Roboão foi soberba e imatura, aumentando ainda mais o desgosto dos Israelitas pela linhagem de Salomão. Mas, voltando um pouco na história, temos um líder chamado de Jeroboão. Este, servia a Salomão, mas se rebelou contra o rei e com isso, o rei tentou matá-lo, assim, Jeroboão fugiu para o Egito até a morte de Salomão. Mas, em meio a este cenário, Jeroboão recebe uma profecia do profeta Aías que falava sobre a divisão de Israel e que Deus lhe daria 10 tribos para reinar e que seria com ele. Veja o texto:

I Reis Cap. 11
"29 Sucedeu, pois, naquele tempo, que, saindo Jeroboão de Jerusalém, o encontrou o profeta Aías, o silonita, no caminho, e ele se tinha vestido de uma veste nova, e sós estavam os dois no campo. 30 E Aías pegou na veste nova que sobre si tinha e a rasgou em doze pedaços. 31 E disse a Jeroboão: Toma para ti os dez pedaços, porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão e a ti darei as dez tribos."

Mais tarde, após a morte de Salomão e a imprudência de Roboão, seu filho, o povo clama para que Jeroboão se torne rei sobre Israel, dividindo assim, 10 tribos que se tornaram o Reino do Norte - Israel (também chamado de Reino de Efraim) e o Reino do Sul - Judá. Judá ficou apenas com duas tribos, a saber, a tribo de Judá e Benjamim.

“20 E sucedeu que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o chamaram para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém seguiu a casa de Davi senão somente a tribo de Judá.” I Rs 12:20

2. O pecado de Jeroboão

Como Jeroboão não vinha da linhagem real, ele passou a temer que o povo voltasse atrás e assim ele deixasse de ser rei. Tomou algumas medidas para evitar isso, começando por convencer ao povo de não ir até Jerusalém (que ficava em Judá - Reino do Sul) para adorarem em Samaria, que agora era a capital de Israel - Reino do norte. E construiu um templo e dois bezerros de ouro, convencendo o povo a adorá-los. Veja o texto:

“26 E disse Jeroboão no seu coração: Agora tornará o reino a casa de Davi. 27 Se este povo subir para fazer sacrifícios na casa do Senhor, em Jerusalém, o coração deste povo se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão, e tornarão a Roboão, rei de Judá. 28 Assim o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro; e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. 29 E pôs um em Betel, e colocou o outro em Dã. 30 E este feito se tornou em pecado; pois que o povo ia até Dã para adorar o bezerro. 31 Também fez casa nos altos; e constituiu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não eram dos filhos de Levi. 32 E fez Jeroboão uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, como a festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar; semelhantemente fez em Betel, sacrificando aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que fizera. 33 E sacrificou no altar que fizera em Betel, no dia décimo quinto do oitavo mês, que ele tinha imaginado no seu coração; assim fez a festa aos filhos de Israel, e sacrificou no altar, queimando incenso.” I Rs 12:26-33

Mas como Jeroboão conseguiu introduzir tão facilmente a adoração a imagens se o povo conhecia claramente a Lei que foi dada por Deus ao povo que não adorasse imagens? A resposta é simples: o povo já praticava a idolatria há muito tempo. Ela foi introduzida discretamente dentro das famílias e se tornando aos poucos normal, até que os hebreus não diferenciavam a idolatria, simplesmente estavam acostumados com ela por causa de vários costumes já apropriados por eles. Esse fato revela que apesar dos israelitas serem considerados monoteístas, na prática eles eram enoteístas, ou seja, eles adoravam a um Deus, mas criam na existência de outros e quando havia conveniência, passavam a adorá-los.

Nota
O politeísmo é a crença e adoração a vários deuses; o monoteísmo não aceita a crença em nenhum outro deus. Esse deus pode ser um deus específico, como por exemplo, o faraó Akhenaton cria somente em Rar (Aton) e não cria na existência dos outros deuses do Egito; O enoteísta, segue apenas a um deus, porém, aceita a existência de outros.

A arqueologia nos revelou vários indícios tanto da idolatria israelita, na adoração a Asherah e Moloque, como ainda outros deuses como Marduk. Foi encontrado em 2019 a 8 KM de Jerusalém um templo pagão na cidade de Tel Motzá que data de aproximadamente de 3000 anos atrás, ou seja, da época do reinado de Salomão e seus sucessores. Este fato comprova a veracidade das informações bíblicas de que Jerusalém possuía adoração pagã e não por outros povos, mas pelos próprios israelitas. Como acabamos de ver a história de Salomão e sua investida em templos pagãos e depois a continuidade desta mesma adoração séculos mais tarde, como podemos ver nas palavras do profeta Jeremias (Jr 25). Apesar das reformas religiosas realizadas por Ezequias e Josias, o povo permaneceu com a idolatria, por isso Deus decretou o castigo.

Como podemos concluir aqui, os erros não são colocados de uma forma clara para o povo de Deus, mas vem de maneira sucinta, bem discreta e disfarçada em conceitos de bondade, de prosperidade, etc. Assim como o povo respondeu ao profeta Jeremias (Jr 44:17), eles continuaram a adorar Asherah porque ela “lhes prosperava” e eles acreditavam nisso. O povo caiu neste engano assim como muitos do povo de Deus ainda hoje caem em diversas doutrinas falsas, porque a conveniência é saborosa!

3. O império Assírio


Imagem: https://medium.com/de-casa-em-casa/a-queda-do-reino-do-norte-5ff337c6d306

Com o passar dos séculos, os hebreus (tanto em Israel como em Judá) permaneceram em seus erros e se misturando cada vez mais. O sincretismo era algo tão normal que vários pecados absurdos no meio deles não era algo que espantasse mais. Algumas reformas religiosas aconteceram. Chegamos a ver que dentro do Templo do Senhor haviam objetos de adoração a Asherah e a Baal (2ª Rs 23:4). O rei Josias manda retirar do Templo estes objetos, como podemos ver no texto citado, mas apesar dos esforços de Josias e Ezequias (reis de Judá), não obtiveram sucesso com a transformação da mente do povo. Como descrito nos textos acima, o templo de Tel Motzá é uma prova disso, que o povo continuou adorando divindades. Mas tanta desobediência trouxe a ira de Deus sobre os israelitas e Isaías profetizou sobre o castigo iminente.

Veja o texto da profecia contra Israel e Judá citada no livro de Isaías:

“24 Por isso, como a língua de fogo consome a palha, e o restolho se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaece como pó; porquanto rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel. 25 Por isso se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, e os seus cadáveres se fizeram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas a sua mão ainda está estendida. 26 E ele arvorará o estandarte para as nações de longe, e lhes assobiará para que venham desde a extremidade da terra; e eis que virão apressados e ligeiramente. 27 Não haverá entre eles cansado, nem quem tropece; ninguém tosquenejará nem dormirá; não se lhe desatará o cinto dos seus lombos, nem se lhe quebrará a correia dos seus sapatos. 28 As suas flechas são agudas, e todos os seus arcos retesados; os cascos dos seus cavalos são reputados como pederneiras, e as rodas dos seus carros como redemoinho. 29 O seu rugido será como o do leão; rugirão como filhos de leão; sim, rugirão e arrebatarão a presa, e a levarão, e não haverá quem a livre. 30 E bramarão contra eles naquele dia, como o bramido do mar; então olharão para a terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos céus.”

No texto, vemos que a profecia conta o que aconteceria com Israel e Judá, mas também nos retrata a voracidade da Assíria, contudo, os Assírios não tomaram Judá devido à intercessão de seu rei, Ezequias. Os assírios eram extremamente cruéis.

O império Assírio era um império apelidado de “destruidor de reinos”. Eles dominaram uma grande região. “...a Assíria estava centralizada no Tigre, na Alta Mesopotâmia (no norte do que é hoje o Iraque, o nordeste da Síria, o sudeste da Turquia e o noroeste do Irã)”


Como podemos ver no mapa, em dois séculos, a Assíria cresceu exponencialmente, se tornando o maior império que o mundo já conheceu e agora era vez dos Assírios crescerem para Israel. No ano de 722 a.C. os assírios tomaram Israel e dizimaram o reino do norte, espalhando assim o povo e não mais retomaram sua terra.

Mas Deus também prometeu castigo para a Assíria e isso também foi profetizado, neste caso, vemos essas profecias nos livros de Sofonias e Naum. É interessante que os livros retratam de como Deus destruiria a Assíria de uma vez por todas e a ciência hoje nos comprova exatamente o que a profecia disse. Vamos ler os textos bíblicos:

“3 O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso; o Senhor não deixará impune o culpado. O seu caminho está no vendaval e na tempestade, e as nuvens são a poeira de seus pés. 4 Ele repreende o mar e o faz secar, faz que todos os rios se sequem. Basã e o Carmelo se desvanecem e as flores do Líbano murcham. 5 Quando ele se aproxima, os montes tremem e as colinas se derretem. A terra se agita na sua presença, o mundo e todos os que nele vivem. 6 Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar de sua ira? O seu furor se derrama como fogo, e as rochas se despedaçam diante dele.” (Naum 1:3-6)

“13 Ele estenderá a mão contra o norte e destruirá a Assíria, deixando Nínive totalmente em ruínas, tão seca como o deserto. 14 No meio dela se deitarão rebanhos e todo tipo de animais selvagens. Até a coruja-do-deserto e o mocho se empoleiram no topo de suas colunas. Seus gritos ecoarão pelas janelas. Haverá entulho nas entradas, e as vigas de cedro ficarão expostas.” (Sofonias 2:13-14)

Ambos profetas, escreveram estas profecias décadas antes do acontecimento. A Assíria era um império extremamente poderoso e não poderia ser derrotada por outro império, então, como ela caiu? Observe que ambas as profecias falam que Nínive (a capital da Assíria, denotando o próprio país), falam de secura, calor, derretimento, secas…

Um estudo divulgado pela revista Science Advanced, mostra dados paleoclimáticos da Assíria desde sua ascensão até sua queda e uma surpresa é revelada. A Assíria teve 60 anos de seca no país, que resultou em problemas econômicos, problemas sociais, guerras civis e uma fragilidade nunca vista antes dentro do império. Veja o gráfico abaixo:


Estes são dados pluviométricos da Assíria desde o ano 990 a.C. até o ano 550a.C. Observe o gráfico em vermelho e vamos notar que houve uma drástica seca, exatamente na época da queda da Assíria. Como as profecias de Naum e Sofonias previram, ela se tornou em “um deserto”, ficando assim, completamente vulnerável. E com tanta instabilidade e problemas internos, a Assíria sucumbiu.

A Assíria foi invadida pelo império neobabilônico no ano de 612 a.C. que estava sob o comando do rei Nabopolasar que devido às condições da Assíria, a tomou facilmente. Mas além das questões climáticas, ainda houveram outros problemas, como por exemplo a questão do sincretismo religioso que fez os assírios olharem com bons olhos seus próprios futuros predadores, os babilônios! O rei Esar Hadom (681-669 a.C) passou a adorar o principal deus babilônio “Marduk” também conhecido com “Bel”. Com uma crença religiosa difundida entre os assírios, os babilônios foram ganhando pouco a pouco a credibilidade dos assírios e os mesmos estavam perdendo a credibilidade em seu próprio rei, Assur-Uballit. Assim, em 612 a.C. houve o fim do império Assírio para sempre, exatamente como os profetas descreveram.

Resumo

Israel desobedeceu a Deus em vários aspectos. As lideranças desde Salomão contribuiram fortemente para a idolatria no meio de Israel e essas mesmas lideranças que contribuiram também para a divisão de Israel em dois reinos: Israel e Judá. Ao longo do tempo, o povo israelita se apropriou de vários constumes pagãos e mesmo sendo repreendidos por Deus através dos profetas, persistiram na desobediência e isso culminou no castigo, tanto de Israel como Judá.

Por fim, Israel foi dizimado pela Assíria em 722 a.C. concluindo a primeira diáspora, Judá foi poupada pela intercessão do rei Ezequias, mas após sua morte, os líderes que sucederam não foram fiéis a Deus, até que chegou o momento do castigo de Judá, também já havendo conhecido que deveriam voltar à obediência para que não sofressem o mesmo, mas infelizmente o povo não deu atenção. Assim, Judá é invadida pela Babilônia no ano de 609 a.C e apesar desta invasão ser branda, ela se repetiu por duas vezes, até que por um grave erro do rei Zedequias, Nabucodonosor, rei da Babilônia se irritou com Judá e a destruiu por completo. Nesta destruição, a Arca da Aliança desaparece, mas não com os babilônios, um dos mistérios mais indagados até os dias de hoje.

Na próxima aula, vamos conhecer como foi a tomada babilônica no ano de 586 a.C. e como se comportaram os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Bons estudos e até a próxima!

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